Cultne entrevistou o jovem Rashdton Chelomo Dias Aleixo, um descendente de judeus negros que chegaram ao Brasil no período da escravidão. Ele fala sobre a ascenstralidade e suas origens. Na África há dois povos muito antigos que atualmente foram reconhecidos como judeus: os Falashas e os Lembas.
Um teste de DNA feito em 1999 pelo geneticista inglês David Goldstein, da Universidade de Oxford, descobriu que uma tribo de negros do norte da África do Sul tem ascendência judaica. Estamos falando dos Lembas que fazem circuncisão, casam-se apenas entre si, guardam um dia por semana para orações(o shabat) e não comem carne de porco nem carne de hipopótamo, considerado parente do porco.
Geneticamente, os Lembas são parentes dos Cohanim, que junto com os Levi e os Israel formam um dos grupos em que se divide o povo judeu, Os cientistas afirmaram que o ancestral comum dos Lemba e dos Cohanim viveu entre 2.600 e 3,100 anos atrás. O período coincide com a existência de Aarão, irmão de Moisés, de quem os Cohanim descendem. Provavelmente, seria o pai também dos negros lemba. Os falashas são assim chamados pejorativamente, cujo significado é estrangeiro. Mas, também são chamados Bet-Israel.
Na Etiópia formavam uma comunidade atrasada e fechada, que preservava usos e costumes milenares, dizendo-se descendentes da tribo perdida de Dan, fundada por Menelik, filho do rei Salomão com a rainha de Sabá. Em 1947, eles foram reconhecidos pelos rabinos de Israel. Eles mantinham as rígidas leis da Toráh (Pentateuco). Viam na Etiópia até a grande seca de 1985 quando, para salvar-lhes a vida, Israel montou a "Operação Moisés" para tirá-los, secretamente, via aérea, da África e levá-los até o Estado de Israel.
No dia 21 de novembro de 1984 começou esta operação. A comunidade de judeus negros da Etiópia já chegou a 80.000 pessoas, mas o governo africano ainda retém 26.000 judeus em seu território. Ao chegarem em Israel estavam desnutridos e famintos. Israel é o único país no mundo que retirou negros da África para lhes dar qualidade de vida, estudo, trabalho. (pt.shvoong.com) Por quase 3.000 anos, os judeus negros da Etiópia, conhecidos como falashas e que se auto-denominam Beta Israel mantiveram sua fé e identidade lutando contra a fome, a seca e as guerras tribais.
Acredita-se que eles faziam parte de uma das dez tribos perdidas, seus ancestrais remontando ao rei Salomão e à rainha de Sheba (Sabá). Em maio de 1991, os falashas protagonizaram um êxodo milagroso. Com a Etiópia envolvida em profunda e brutal guerra civil, 14.200 membros dessa comunidade foram transportados de avião para Jerusalém pelas Forças de Defesa de Israel. A operação durou 25 horas.
O herói que idealizou e organizou o incrível resgate foi o então embaixador de Israel na Etiópia, Asher Naim. A epopéia foi narrada no livro Saving the lost tribe, lançado este ano, no qual Naim relata com humor e conhecimento de causa a ação que se tornou conhecida como Operação Salomão.(morasha.com.br).
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