terça-feira, 21 de junho de 2016

O Mundo: Um Reino de Escuridão. por William MacDonald
























O Mundo: Um Reino de Escuridão

William MacDonald

Quando falamos em mundo neste sentido, não queremos dizer o planeta terra que Deus nos deu como um lugar temporário de habitação. Tampouco queremos indicar o mundo da natureza, que Deus nos deu para desfrutar. E certamente não queremos dizer o mundo da humanidade, que Deus espera que o amemos assim como Ele o ama (Jo 3.16). O que então queremos dizer?

O mundo é a civilização que o homem tem construído para poder satisfazer seus desejos sem Deus. Não é somente independente de Deus, mas em oposição a ele. O sistema do mundo está baseado em princípios enganosos promovendo falsos valores. É inteiramente egoísta. Riqueza, poder e sexo são aspectos centrais de sua cultura. “Toda a civilização sem Deus, desde o princípio, tem sido marcada pela Sua maldição; e o que os homens chamam de desenvolvimento, invenções e progresso, sem Deus, parecem simplesmente ser uma tentativa de erigir uma torre de Babel, essencialmente idólatra e centrada em sua própria glória”.[1]

Toda a sociedade é inspirada e energizada por Satanás. Assim como os anjos santos são guardiões do povo de Deus, os poderes demoníacos são ativos nos acontecimentos do reino do mal.

Um show vazio

Na verdade o mundo é vazio. É apenas uma fachada. É uma piada doentia. Tudo o que ele oferece não pode satisfazer o coração humano. Um livro inteiro da Bíblia – Eclesiastes – é dedicado para expor a vaidade do mundo da vida abaixo do sol. Malcom Muggeridge compreendeu isto: Ele escreveu: “Agora percebo, que a vida humana, em todas as suas manifestações públicas ou coletivas, é apenas um teatro, e apenas um melodrama barato”.[2]

Outra pessoa disse: “O mundo trabalha com o que é falso e imaginário; o reino é uma realidade eterna”. As pessoas do mundo estão querendo mais dele do que ele realmente pode oferecer.
E mesmo assim ainda é muito atrativo às pessoas. O mundo se apresenta como o summum bonum, isto é, o maior bem. As pessoas ficam deslumbradas por suas luzes psicodélicas, por sua música contemporânea, por suas roupas sensuais. Todos na região do Marlboro são bonitos, possuem um cavalo, ou se apóiam ao lado de um lindo carro conversível, fascinam ou são fascinados por uma linda mulher. É uma terra do nunca – uma sociedade artificial. É muito brilho e sucesso sem substância alguma.

O que é mundano?

O mundanismo é o amor pelas coisas passageiras. É qualquer coisa que afasta um cristão de Deus. Uma pessoa mundana é uma pessoa em que todos os seus planos se encerram na sepultura. Jowett disse muito bem: “O mundanismo é um espírito, uma condição. Não é tanto um ato como é uma atitude. É uma pose, uma postura... Mundanismo é atividade humana sem Deus. Mundanismo é vida sem chamada divina, vida sem ideais, vida sem aspirações.

O mundanismo não reconhece nada do glorioso chamado de Deus em Jesus Cristo. Não há perspectivas para cima. É apenas uma vida horizontal. Não há nada de vertical no mundanismo. Tem ambição, mas não tem sonhos. Sua motivação é o sucesso, e não a santidade. Está sempre dizendo ‘Para frente’ e nunca ‘Para cima’. Um homem mundano ou uma mulher mundana nunca dizem, ‘Elevo os olhos para os montes’”.[3]
Em alguns círculos, a definição para mundanismo tem sido limitada a beber, fumar, jogar, dançar, cinema e atividades semelhantes. Porém, é mais amplo do que isto. O Dr. Dale escreveu:
“Ser mundano é permitir que a lei maior à qual devemos obediência, e as glórias e temores do universo invisível que nos é revelado pela fé, e nossa relação transcendente com o Pai dos espíritos por meio de Cristo Jesus nosso Senhor, sejam superados por interesses inferiores”.

“Meu irmão, se você quiser voltar a viver uma vida mundana, você tem que retornar a ela através da sepultura, porque a sepultura encontra-se entre o corpo de Cristo, do qual você faz parte, e o mundo que O expulsou. O mundo O expulsou e nós fomos sepultados em Cristo pelo mundo que odeia a Igreja”.[4]

Existe um limite da paciência divina com alguém que tenta extrair o melhor de ambos os mundos. (William MacDonald — Chamada.com.br)

Notas

  1. The Ministry of Keswick, First Series, Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1963, p.110.
  2. The Boston Herald. November 15, 1990.
  3. Dr. J.H. Jowett, documentação indisponível. 
  4. F.B. Meyer, The Christ Life of Your Life, Chicago: Moody Press, n.d., p. 78.

terça-feira, 14 de junho de 2016

MILAGRES E ALIENAÇÃO




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Ap. Valdemiro Santiago em grande concentração de Fé e Milagres


O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. “ Oséias 4: 6.
A Fé é Fé, mas a fé não precisa ser “burra”; suspiramos por uma ‘fé inteligente’.

Primeiramente quero dizer que apoiamos e respeitamos os ilustres apóstolos da fé que existem em nossa nação como: Valdemiro Santiago, Agenor Duque, R. R. Soares, etc., e até Edir Macedo da IURD; são homens de Deus que fazem a obra de Cristo, operando milagres e magníficos sinais que exaltam o nome de Jesus Cristo; são centenas de grandes milagres todos os anos, a maior parte televisionado, isso é muito bom.


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Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal

















Milagres fazem parte do quotidiano cristão do terceiro mundo (se é que existe ainda esse tal de 3° Mundo); muitas igrejas trabalham poderosamente a fé, onde Jesus cura; onde demônios são expulsos em nome de Jesus, enfim, a obra da Graça é feita com muita dedicação e firmeza.

A questão que levantamos é a seguinte, é que mesmo com esses milagres grandiosos e com essa fé vibrante, temos um contingente muito grande de crentes “Alienados”, são apáticos quanto à realidade política e social do Brasil, isso tem origem nos líderes que não são zelosos na questão política; por exemplo: Valdemiro Santiago da IMPD apóia qualquer membro de sua igreja que se candidate politicamente pra cargo público através de qualquer partido, não se importando se este partido apóie o aborto, casamento gay, infanticídio e outras mazelas anticristãs; para estes líderes neo-pentecostais, apoiar seus membros em partidos marxistas anticristãos é apenas uma questão de aproveitar uma chance para chegar ao poder; ou seja, isso é um oportunismo cínico e inconsequente.

Então, sem querer ou mesmo sem perceber, o cristão brasileiro comum apóia e participa do crescimento de partidos anticristãos, pró-aborto, de vertente esquerdista radical, estes irmãos tornam-se assim cúmplices do mal, e a Bíblia diz – “Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.” Efésios 5:11.

Ai está a Alienação, o cristão dividido, vivendo em dois mundos, o dos milagres, que são reais e maravilhosos e o da Realidade Social dominada pelo esquerdismo anticristão e do ‘Estatismo’ Glorioso, vivendo sempre esperando excessivamente as benesses do estado através de um relacionamento “tenebroso” com a política, pois é isso que lhes oferecem os seus líderes.

E essa alienação já dura anos; é a recompensa dos esforços da influência marxista-gramsciana nas igrejas, fruto de infiltração marxista aceita quase sem oposição, posto que o povo desconhece a questão. Seus líderes são “comprados”(a maioria) por qualquer linha político-ideológica, não há critérios em se observar princípios bíblicos e morais; vejam o caso de Edir Macedo da IURD, apoiou Lula em troca da concessão da Record News e apoiou Dilma em troca da construção do Templo de Salomão, pois havia uma necessidade de se apressar licenças para construção e outros benefícios. É claro que o Bispo Edir Macedo influenciou muito para que seus seguidores e membros da IURD votassem maciçamente no PT.

Falando sobre líderes neo-pentecostais, não isentamos dessa prática, os pentecostais históricos, principalmente assembleianos; eu isentaria desse grupo, o Missionário R. R. Soares que parece ter uma posição mais “neutra” e também de Agenor Duque que parece ter pouco envolvimento nessa questão. Contudo, observa-se que por suas “neutralidades” parecem ter certo medo de perder espaço na TV.

Certo dia eu fiz uma observação assim – O Cristianismo brasileiro é bom praticante da fé, lota igrejas, mas o caráter do povo em geral, ainda é o do paganismo; por outro lado os suíços possuem igrejas pouco atuantes, nação com um grande número de ateus confessos, porém, o caráter do povo suíço é o de cristãos, pois eles mantêm vivos princípios adquiridos do tempo da reforma protestante de séculos atrás. Como pode ser isso?, é que não havia muitos milagres naquele tempo do início da reforma, nem Marx era nascido; contudo, os ensinamentos sobre “Princípios Cristãos” eram bem observados e seguidos, e isso com muito afinco pelo povo suíço, foram “marcados” pelos princípios.

Glória a Deus pelos milagres e testemunhos que temos e amém por isso, mas parece que o poder dos ‘milagres’ substituiu os valiosos “Princípios Cristãos”, bíblicos e morais. As manifestações de poder e milagres se tornaram o máximo da fé e o conhecimento foi negligenciado. O Poder suplantou o ensino, não que milagres não sejam importantes, não é isso. O fato é que, há um desequilíbrio em dar a Fé Cristã, um caráter mais inteligente – “antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” 2 Pedro 3:18 (a).  É estranho observar, um povo cristão de caráter não-cristão e um povo não-cristão com caráter cristão, infelizmente é uma triste constatação.  




Pr. Pedro Paulo Barbosa